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08/11/2010

O Livro de Eli e a jornada em busca de si mesmo

Demorei, mas finalmente assisti o filme "O Livro de Eli". É um filme intenso e muito interessante. Sem sombra de dúvida é uma plataforma para o astro norte -americano Denzel Washington exercer parte de sua fé. É bom saber que Denzel carrega um pequeno pedaço de papel que contem as palavras que uma profetisa disse a ele quando jovem. O texto diz mais ou menos que ele falaria a multidões. O astro, filho de um pastor pentecostal, chegou a acreditar que poderia ser um pastor. Mas no fim das contas descobriu que sua vocação para falar estava no drama, na encenação, no cinema.

Em o "Livro de Eli", ele junta as duas coisas: pregação e dramatização da verdade. O filme é bem filmado, bem sonorizado e conta uma história interessante: num mundo pós destruição (provavelmente nuclear), pessoas se tornaram canibais e enlouqueceram. Comunidades inteiras sobrevivem do roubo e da morte. A visão é de um deserto sem fim e sem cor. Eli anda por este cenário com uma mochila, algumas armas e um segredo: ele carrega a última bíblia existente sobre a face da terra. Ele defende sua vida e seu livro com todas as forças. Até que encontra o xerife de uma cidade perdida, que resolve tomar posse do livro à força, para assim controlar as pessoas à sua volta, dando-lhes as palavras que poderiam devolver esperança. Na verdade o tal xerife só quer manipular as pessoas a seu favor.




Eli não aceita, segue seu rumo em direção ao oeste (o sol, a luz?). Ele espera encontrar lá um lugar onde o livro ficaria protegido e preservado. Em João 17.17 lemos: santifica-os na tua palavra, a tua palavra é a verdade. Os atos de Eli são marcados por brutalidade e dor, mas instintivamente ele sabe que sua vida é purificada pelo livro que carrega.

João 4.41 é o fecho perfeito para o filme: muitos mais creram, por causa da palavra. Eli perde o livro, escrito em braile, mas não perde a palavra, gravada em sua memória. Dessa forma muitos ainda irão crer e receber a Palavra.

Uma bela metáfora para nosso tempo, onde crer parece ter se tornado um anacronismo e pregar parece algo fora de moda. Denzel prega em seu filme que é possível preservar a fé guardada profundamente em nosso interior. E como ensina o apóstolo Pedro, ter sempre como responder aos que indagam aquilo em que cremos.

Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte (João 8.51): Eli morreu ou não ao final do filme? Não sabemos, mas com certeza ele combateu o bom combate e preservou sua fé.


Graça e paz, sempre



por Marcus Vinícius
editor de Mídia do INPR Brasil






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